Plantas da caatinga ameaçadas de extinção

.
Aroeira

Barauna

A Caatinga é um dos biomas brasileiros mais alterados pelas atividades humanas, com mais de 45% de sua área alterada, sendo ultrapassado apenas pela Mata Atlântica e o Cerrado (Capobianco, 2002; Casteletti e cols., 2004).
.
Em um estudo realizado recentemente, sobre a vegetação e uso do solo, verificou-se que a área de cobertura vegetal da Caatinga é de 518.635 Km2, equivalendo a 62,69% de remanescentes (MMA, 2008). Como conseqüência da degradação ambiental e da falta de preservação, muito já se perdeu em biodiversidade da Caatinga. .
.
A Biodiversitas (2001) cita, para esta formação vegetal, 19 espécies de plantas ameaçadas, dentre elas a aroeira do sertão (Myracrodruon urundeuva) e a baraúna (Schinopsis brasiliensis). Essas plantas desempenham importante papel na ecologia da Caatinga, pois são as principais árvores na composição das paisagens vegetais do sertão nordestino. Elas estão associadas à fauna local, onde suas folhas, flores e frutos servem de alimento para répteis, aves, mamíferos e insetos, principalmente abelhas. Suas flores, produzidas principalmente na estação seca, quando as fontes alimentares são escassas, abastecem os ninhos de abelhas nativas e exóticas.
.
Além de fonte alimentar, estas árvores funcionam como abrigo para uma diversidade de animais e suporte para os ninhos de muitas aves e abelhas.
.
Em face das diversas utilidades (madeireira, energética, medicinal, frutífera e artesanal) e do extrativismo que essas espécies vegetais vêm sendo submetidas, sem nenhuma reposição, a existência natural das mesmas e da fauna a elas associada vêm sendo comprometida. Assim, a aroeira do sertão e baraúna, entre outras espécies, são elementos da natureza ameaçadas de extinção.
.
Pesquisadores:

Lúcia Helena Piedade Kiill1
Márcia de Fátima Ribeiro2
Carla Tatiana de Vasconcelos Dias3
Paloma Pereira da Silva3
Josemário Francisco Matos da Silva4
1Pesquisadora Embrapa Semi-Árido, BR 428, Km 152, zona rural, Petrolina-PE, C.P.

Mutum de Alagoas, um bicho extinto da natureza

.


MUTUM-DE-ALAGOAS (Mitu mitu)
.
Ave de tamanho pouco maior que o de um galo doméstico, de plumagem . negra em seu dorso, ventre marrom-claro, tendo as duas penas centrais da cauda uniformemente negras e as demais com pontas brancas, manchadas de marrom-claro. As asas possuem lustro azul-escuro. A cabeça e o pescoço apresentam penas com aspecto aveludado, mais avolumadas no sentido da cabeça para o pescoço. Seu bico apresenta aspecto curvo, de extremidade rosa-clara e parte mais interna (cúlmem) de coloração vermelha. Um detalhe para a espécie é a região do ouvido, desprovida de penas. Os tarsos e dedos são semelhantes aos da galinha, de pálida coloração rosa-clara com unhas de cor cinza-escura. Os olhos são castanho-escuros, com tons vermelhos discretos.

Sua distribuição geografica é bastante restrita, encontrando-se referências ao seu habitat original ligado ao estado de Alagoas em parte da Mata Atlântica na tipologia conhecida como floresta Ombrófila Aberta e nas matas de baixadas, particularmente nos municípios de Marechal Deodoro, Barra de São Miguel e Roteiro de São Miguel dos Campos.

Em virtude dos insucessos das últimas expedições omitológicas, não havendo mais nenhum registro comprovado nos poucos fragmentos florestais remanescentes do seu habitat, considerou-se corno uma espécie em extinção na natureza.


MAURICIO CERQUEIRA DE ARAUJO Eng° Agrônomo IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis / AL
.

Pica-pau-anão-da-caatinga, ameaçado de extinção

.
Mede apenas 10 cm de comprimento. Possui o corpo pardo com a parte inferior uniformemente amarelada e uma coroa preta pontilhada de branco na cabeça. A diferença entre fêmea e macho é que este ultimo possui, na coroa, uma faixa vermelha. A área abaixo dos olhos é castanha. As pernas são curtas e os pés, relativamente grandes, servem para dar melhor apoio quando pousa na ponta de um galho.

Pode ser observado alimentando-se em bambuzais e pomares abandonados, diferentemente de outras espécies de pica-paus.

Na época reprodutiva, o casal procura uma árvore-sobretudo as que estão secas e mortas-e constrói uma cavidade, forrada apenas com pequenos pedaços de madeira extraídos durante sua confecção. Ali, a fêmea deposita seus ovos de cor branca claríssima e brilhante. Na incubação dos ovos, macho e fêmea se revezam. Os filhotes são alimentados com larvas de insetos.

Habita em áreas de caatinga e capoeiras. É ameaçado principalmente pela expansão da agricultura, com a ampliação das áreas de pasto e queimadas. Por ter uma população reduzida, torna-se sensível à fragmentação do habitat. Na Serra do Baturité resta apenas 1% da vegetação origina, e paira uma constante ameaça de novas queimadas ou da construção de novas pousadas.

É considerado pela literatura existente como restrita às serras de Ibiapaba, Baturité e Aratanha, Ceará (Burn, 2002), mas a distribuição real parece ser bem mais ampla no estado (Weber Silva e Ciro Albano, obs. pess.).
.
.

COMDEMA, nova diretoria empossada

.
Carlos Pessoa é o novo presidente


O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Petrolina, teve nova diretoria empossada nessa quinta-feira (08), para o bienio 2010/2011. O novo presidente é o servidor municipal, carlos Pessoa e como Vice-Presidenta representando a sociedade civil, Clkedima Santos.A posse aconteceu no plenário da Camara de Vereadores e foferido pelo Secretário de Planejamento, Geraldo Júnior, onde contou com a presença de representantes do poder executivo, legislativo e do Exercito Braileiro.

Conselheiros e conselheiras empossados



Conselheiros e conselheiras empossados

Segundo o governo federal, combate ao desmatamento da caatinga é prioridade

.
O Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Caatinga deve sair do papel até o final deste semestre. A determinação é da nova ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A urgência se justifica pela necessidade de frear, o mais rápido possível, o nível acelerado do desmatamento no bioma, único exclusivamente brasileiro, rico em biodiversidade, mas que já perdeu 45% de sua cobertura vegetal.

Números do monitoramento da Caatinga revelam que 0,33% de sua biomassa são transformados anualmente em carvão para abastecer a demanda por energia, tanto na região em que o bioma está presente quanto em outras. A economia do carvão vem apresentando uma crescente demanda, fator que leva a níveis de desmatamento só comparáveis aos da Amazônia em seus momentos de pico, quando os programas de redução começaram a ser implementados.

.
Bioma considerado um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas, onde habitam 13 milhões de brasileiros, a Caatinga é apontada como uma das regiões que mais serão afetadas pelo aquecimento global. Estimativas apontam que 1/3 da economia do Nordeste, onde se encontram 80% do bioma, pode desaparecer. Por isso, o governo brasileiro incluiu a região no programa de redução de emissões de CO2, instituído pela lei sobre mudanças do clima – aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Lula em 2009.

Dados recentes sobre a situação da Caatinga foram debatidos ontem, em reunião com representantes dos ministérios do Planejamento, Indústria e Comércio, Agricultura e Reforma Agrária, Ibama, ICMbio e MMA, para definir o modelo lógico do PPCaatinga. Para a técnica do Ministério do Planejamento, Andreia Rodrigues, esta é das uma ferramentas à disposição do Governo para a execução do plano. O modelo vai definir as metas, a forma de atingi-las, as etapas de execução e a origem dos recursos que serão aplicados. “Faremos um diagnóstico completo para orientar as ações e controlar os resultados”, resume. A oficina termina nesta terça-feira (06/04).

Segundo Mauro Pires, diretor do Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento do MMA, um dos maiores desafios é encontrar alternativas para a geração de energia. O ciclo do desmatamento na região começa nas pequenas propriedades – descapitalizadas e dependentes do carvão- e move as indústrias de gesso e cerâmica no Nordeste, bem como a de ferro gusa nas siderúrgicas do Centro-Sul.

A tecnologia sustentável aliada aos conhecimentos tradicionais do sertanejo no trato com o bioma, por outro lado, podem ser fortes aliados no controle do desmate, de acordo com a explicação do diretor do DPCD. Ele defende a elaboração de um modelo próprio, adaptado à situação da Caatinga, que aproveite a experiência adquirida no Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm) – que reduziu em 40% a média do desmatamento nos últimos 10 anos naquela região.

Valorizar os produtos da sociobiodiversidade, criar mecanismos de financiamento de atividades sustentáveis e o manejo dos recursos madeireiros e não madeireiros também fazem parte do leque de opções.

O Ministério do Meio Ambiente não considera descartada a possibilidade de conclusão da etapa preliminar do PPCaatinga para seu lançamento até o dia 28 de abril, quando é comemorado o dia da Caatinga. Os entendimentos nesse sentido seguem em ritmo acelerado. Um dos principais argumentos para garantir a agilidade na aprovação do PPCaatinga é o recém divulgado relatório de monitoramento do bioma, que está disponível no sítio eletrônico do MMA. O levantamento detalhado é apontado pelos técnicos como revelador do estado atual do bioma.
(Fonte: MMA)
.

Macaco bugio ameaçado de extinção

.

.

Por falta de habitat o macaco bugio-preto (Alouatta Caraya), que vive no semi-árido piauiense, está ameaçado de extinção. Mapeamento realizado em 31 municípios no Sul do Piauí mostra que há poucos registros do primata na região. Os pesquisadores do Centro de Proteção de Primatas Brasileiros (CPB) observaram também que os poucos indivíduos sobreviventes estão pressionados pela caça e pela descontinuidade das matas ciliares.“


O isolamento provocado pela fragmentação das matas ciliares,- locais onde vivem, é o principal motivo que ameaça levar essa espécie à extinção”, alertam os pesquisadores Marcos Fialho e Juliana Ferreira. De pelagem inteiramente negra ou marrom-escura nos machos e marrom-amareladas nas fêmeas, essa espécie de primata é conhecida também como carajá, guariba, guariba-preto.Todos os registros do bugio-preto realizados entre 2005 e 2008 ocorreram durante as expedições à região do Alto Parnaíba, na bacia do rio Gurguéia, e nas drenagens pertencentes à Bacia do Rio São Francisco, ao sul da Serra Vermelha e da Serra da Capivara.


Os dados de campo da pesquisa realizada no Piauí sugerem que a ocorrência do bugio-preto está restrita às matas ciliares e às suas proximidades, bem como aos boqueirões, regiões úmidas existentes no semi-árido e em outras regiões tanto do Cerrado como da Caatinga.O estudo elaborado pelos analistas ambientais Marcos Fialho e Juliana Ferreira foi apresentado no I Seminário de Pesquisa e Iniciação Científica do ICMBio. O trabalho dos pesquisadores constata, porém, que o bugio-preto não é a única espécie que corre risco de desaparecer. Dos mais de 130 táxons de primatas brasileiros existentes, 26 estão ameaçados de extinção.


Desses, dez estão “Criticamente em perigo”, seis “Em Perigo” e dez “Vulneráveis”, conforme classificação da Lista de Espécies Ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Fonte: http://www.canalverde.tv/bichos

.