O Nordeste já se preocupa com a ocorrencia de tremores de terra.

 

Quase dois anos depois que uma sequência de terremotos assustou a população de Alagoinha, no Agreste do Estado, famílias que perderam suas casas receberam novas moradias. E com um motivo a mais para comemorar: o fato de que os imóveis são à prova de tremores de terra. Durante a construção de cada habitação foi colocado um equipamento que permite que o concreto tenha mais dilatação, evitando danos na estrutura de alvenaria em caso de tremores.

Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), que coordenou a construção das casas, elaborou um projeto específico para a área e cada imóvel, que tem, agora, uma espécie de “junta” instalada  na estrutura para dar certa mobilidade ao concreto. Além disso, a fundação das casas contou com um reforço, sendo erguida em concreto armado e ferro. As habitações têm dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço externa.

Os novos imóveis foram construídos no mesmo local onde ficavam as antigas ca­sas, que sofreram danos estruturais e tiveram que ser demolidas. As habitações foram entregues no final de dezembro de 2011 e tiveram um investimento de R$ 1,5 milhão, repassado pelo Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS). O Estado também deu uma contrapartida. Para Romildo Gouveia o momento foi histórico. “Agora eu tenho uma casa nova e bonita, bem diferente da antiga, que era precária e sem alicerce”, agradeceu ele, que trabalhou como um dos pedreiros da obra.

O antigo posto médico Manoel Izidório Sobrinho, que foi atingido pelos tremores, foi reconstruído. São dois consultórios, sala de primeiro socorros (curativos), banheiros, recepção, copa e área administrativa. “Há um ano, essas ca­sas estavam sendo demolidas. É bom escutar que, a partir de agora, elas estão vivendo uma vida nova, com uma casa nova, com qualidade e estrutura básica”, ressaltou o presidente da Cehab, Nilton Mota.

Em 2010, a cidade de Alagoinha sofreu com 47 tremores, que tiveram entre 1,8 e 3,2 graus na escala Richter, durante três dias. Os abalos destruíram 27 casas.

Fonte:  http://www1.folhape.com.br