Pressionado politicamente para renunciar ao posto de segundo vice-presidente e já sabendo que perderá o cargo de corregedor da Câmara, o deputado Edmar Moreira (DEM-MG) provavelmente terá também de procurar um novo partido a partir desta semana.
A Executiva Nacional do DEM vai se reunir amanhã para analisar a situação política do deputado, suspeito de ter ocultado da Justiça Eleitoral a propriedade de um prédio em forma de castelo em Minas Gerais, e tende a aprovar sua expulsão em outra reunião já na quinta-feira.
Para os dirigentes do partido, a situação de Edmar Moreira se tornou insustentável politicamente dentro da legenda depois da descoberta da existência do castelo. Mas o comando do DEM já estava extremamente insatisfeito com Moreira por conta de sua entrada na disputa pela segunda vice-presidência da Câmara.
O partido tinha um candidato oficial, o deputado paraense Vic Pires Franco, mas Moreira decidiu se manter na disputa e teve apoio forte em outras legendas (especialmente na bancada do PT), conquistando a vaga.
Agora, com o surgimento das denúncias, a Executiva do DEM quer aproveitar para passar as pendências com Moreira a limpo. O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), já tinha divulgado nota na quarta-feira cobrando sua renúncia dos cargos na Câmara, mas sem vincular essa cobrança ao caso do castelo.
A queixa era contra as declarações dadas anteriormente por Edmar defendendo a tese de que o Congresso não tivesse mais poderes para julgar seus membros, posição considerada inadmissível pelo partido. Mas, na verdade, o DEM queria mesmo cobrar de Moreira sua infidelidade à candidatura oficial de Vic Pires .
Agora, com a suspeita de que o deputado não declarou o castelo à Justiça Eleitoral, os dirigentes do DEM admitem a possibilidade de expulsão do deputado.
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