O lobo-guará ou guará (Chrysocyon brachyurus) é o maior canídeo nativo da América do Sul. A sua distribuição geográfica estende-se pelo sul do Brasil, Paraguai, Peru e Bolívia a leste dos Andes, estando extinto no Uruguai e talvez na Argentina, e é considerado uma espécie ameaçada. O Brasil abriga o maior número de animais; dos cerca de 25.000 indivíduos da espécie, cerca de 22.000 estão em território brasileiro[1]. Os biomas de sua ocorrência no Brasil são: Cerrado, Pantanal, Campos do Sul, parte da Caatinga e Mata Atlântica.

A espécie não está diretamente ligada a nenhum outro gênero de canídeos e aparentemente é uma relíquia da fauna plistocênica da América do Sul, que desapareceu na maioria após a
formação do Istmo do Panamá.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lobo-guar%C3%A1

Baronesas no rio São Francisco, em Petrolina

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Plantas Aquáticas Invadem o Velho Chico
Do livro São Francisco da Terra.
Autor: Vitorio Rodrigues.

O aparecimento de plantas aquáticas no rio São Francisco, cuja população está tomando totalmente a margem do rio em Petrolina tem passado despercebida aos olhos das autoridades ambientais e políticas. Tenho acompanhado tais plantas há 5 anos, onde registrava suas presenças apenas nos meses de setembro a janeiro, quando o rio estava com menor fluxo de água. Porém, desde 2001 estas plantas passaram a aumentar demasiadamente, permanecendo o ano inteiro. Até 2001 eram duas espécies: a elódea (Elodea sp) e o aguapé (Eichhornnia sp). Em 2002, registrei a presença de uma terceira espécie, a cataia gigante (Polygonum lapathifolium).


Tais plantas são registradas em rios amazônicos e também no Pantanal. Provavelmente, foram introduzidas em nossa região a partir do esvaziamento da água contida no lastro das embarcações. Por exemplo: uma balsa cuja água de lastro foi captada num rio onde existia estas espécies transportou grãos até a nossa região e esvaziou a tal água aqui, trazendo sementes ou brotos destas espécies nesta água de, que ao ser jogada no rio São Francisco, fez proliferar estas plantas em nossa margem.


Este mecanismo de transferência de espécies exóticas tem preocupado a Organização Marítima Mundial (IMO), agência das Nações Unidas, que recomenda através da resolução A.868(20), que não se deve lastrar nas seguintes situações:


Em locais onde esteja ocorrendo o florescimento de algas. Em áreas com descarga de esgoto.

À noite, quando alguns organismos planctônicos migram para a superfície. Particularmente, o aguapé cresce em águas rasas e que tem grande quantidade de matéria orgânica. Suas raízes finíssimas abrigam microorganismos que filtram a sujeira orgânica da água. Logo, ela atua como um “filtro biológico”.

À primeira vista, isso nos sugere uma presença positiva, porém, tal planta nos denuncia duas situações ecologicamente graves: o Velho Chico está com um volume de água muito reduzido; a quantidade de esgoto não-tratado despejada em Petrolina e Juazeiro, que perfazem juntas cerca de 370 mil habitantes é enorme.


Um outro problema também pode surgir em decorrência do aumento destas plantas. Em meados de 2002, pudemos registrar a grande presença do caramujo, vetor da Esquistossomose, que antes não encontrava condições de sobrevivência na água corrente do rio. Mas, com a concentração das plantas, cujas raízes chegam a formar verdadeiras lagoas, formou-se um microambiente adequado para estes caramujos. A Esquistossomose é uma doença cujo parasita – o Schistosoma mansoni – penetra via pele, sendo hoje, uma das parasitoses que mais mata no Brasil e em outros países tropicais.


Profª. M.Sc. Mary Ann Saraiva Bezerra*
Bióloga, Mestre em Biologia Animal pela UFPE

Andrade, Vitorio Ridrigues de:

São Francisco da Terra , Petrolina SESC/PE, 2008

ISBN:978-85-60849-04-8.

Um animal silvestre ameaçado de extinção

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PICA-PAU-DE-COLEIRA



Ocorre na na Bahia ocorre, localmente, o (Celeus. torquatus tinnunculus). Vive em florestas de planícies, a até quinhentos metros de altitude. Ocorre nos substratos altos da mata. Pica Pau de Coleira (Wagler, 1829)

O habitat deste pica-pau, de cerca de 27 centímetros, é a mata alta nas florestas costeiras do sul da Bahia e norte do Espírito Santo. Há pouco tempo, sua presença foi confirmada na Estação Veracruz (Bahia), área importante para a preservação de espécies ameaçadas.


Este animal é raro e endêmico, isto é, não existe em nenhum outro lugar. É muito sensível às modificações do meio ambiente provocadas pelo homem. Quando isso acontece ele logo desaparece. Assim como outros membros da família, alimenta-se de insetos que encontra escavando os troncos das árvores.

Assim como outros membros da família, alimenta-se de insetos que encontra escavando os troncos das árvores.

Um animal silvestre ameaçado de extinção

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A Arara-Azul-de-Lear (Anodorhunchus leari) é uma das aves mais ameaçadas do mundo, estando presente no apêndice I da CITES (Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies da Fauna e Flora Ameaçadas de Extinção), no qual lhe é dado o maior grau de proteção. Sua população hoje encontra-se estimada em 170 indivíduos na natureza, tendo relato de 19 em cativeiro.

São bem semelhantes à Arara-Azul-Grande (Anodorhunchus hyacinthinus), sendo menores que estas. Sua plumagem apresenta um azul pálido, mas nem por isso seu preço no comércio ilegal é inferior a outra espécie.

Hoje a espécie está restrita ao estado da Bahia (Raso da Catarina), onde predomina a caatinga, com clima semi-árido e chuvas raras mal distribuídas. Encontram-se abrigadas em paredões de arenitos onde passam a noite. São nas cavidades destes paredões que na época reprodutiva constróem seu ninhos.
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