Este blog é mantido por Vitorio Rodrigues e tem por objetivo principal, divulgar materias relacionadas ao meio ambiente, a ecologia, a cultura e a noticias em geral. Como já revela o próprio nome, nossa intensão é valorizar as coisas da Natureza. E o principal alvo desses cuidados em nossa região é o rio São Francisco que sofre ha séculos com a degradação sem limite.
SUSTENTABILIDADE
GRAÇAS A INSISTÊNCIA DOS CIENTISTAS, VAAMOS PODER VER A ARARINHA -
AZUL NOVAMENTE EM LIBERDADE. NÃO PELO PROCESSO NATURAL, MAS PELA
REPRODUÇÃO EM CATIVEIRO E POSTERIORMENTE POSTAS EM LIBERDADE. VEJA ESTA
MATÉRIA.
‘Química’ entre casal faz nascer duas ararinhas-azuis
Filhotes são os primeiros gerados no País nos últimos 14 anos, quando espécie, famosa pelo filme ‘Rio’, foi extinta na natureza
RIO - Quando vieram ao mundo, eram de uma feiura que chegava a comover:
o corpo pelado, a pele enrugada, os olhos cerrados. Mas poucos bebês
foram tão esperados como as duas ararinhas-azuis que nasceram no
interior paulista, em endereço mantido em sigilo. São as primeiras
geradas no Brasil nos últimos 14 anos, quando a espécie foi considerada
extinta na natureza, com o fim do último exemplar, em Curaçá, na Bahia.
Os bebês feiosos em nada lembravam a ararinha Blu, famosa personagem do
filme Rio (mais informações nesta página). Nasceram com 15 gramas, mas
com pouco menos de dois meses já haviam ganhado corpo e as penas azuis
que as tornam tão valiosas no mercado paralelo - cada uma chega a valer
100 mil (cerca de R$ 325,4 mil).
O nascimento dos filhotes,
ainda sem nome, foi fruto de um esforço de instituições do Brasil, da
Alemanha e do Catar que integram o Projeto Ararinha na Natureza,
coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade,
com patrocínio da Vale.
Ararinha-azul é espécie rara
As
ararinhas-azuis eram encontradas apenas na Caatinga, em Curaçá. Além dos
predadores naturais, como gaviões, enfrentaram dificuldades para
reprodução: foram expulsas por abelhas do oco das árvores onde faziam
ninhos. Mas foi a captura para o tráfico a causa de seu desaparecimento
na natureza.
Em 1991, havia um animal silvestre, macho,
monitorado até 2000 - um dos últimos registros da ave foi feito pelo
fotógrafo Luiz Cláudio Marigo, especializado em natureza, que morreu
neste ano ao enfartar na frente do Instituto Nacional de Cardiologia e
não conseguir socorro.
Raras. Sobraram 90 ararinhas em cativeiro -
70 delas no Catar, 9 na Alemanha e 11 no Nest, criadouro científico no
interior de São Paulo cadastrado no instituto, cujo endereço não é
divulgado para evitar que atraia caçadores e traficantes de aves.
Geneticamente mapeadas para evitar a consanguinidade que ameaça ainda
mais a continuidade da espécie, elas são trocadas entre instituições em
tentativas de formarem o par ideal.
“Com uma população tão
pequena, os indivíduos são todos aparentados. Os testes genéticos
apontam o pareamento ideal. Mas o que em laboratório parece ideal, às
vezes não dá certo. A gente tenta por anos, mas os casais não se formam.
Ararinhas-azuis são monogâmicas, têm de ter uma química”, explica a
analista ambiental do ICMBio Patrícia Serafini, coordenadora do programa
de cativeiro.
No caso das aves que estão no Nest, Blu e Flor, a união indicada pelos testes funcionou. Ela começou a pôr ovos. No início, inférteis, que os tratadores retiraram para não interromper o processo de reprodução. Foram três posturas, oito ovos - dois vingaram. Pai e mãe cuidam dos bebês, que passaram os primeiros 20 dias no ninho.
Ricardo José Garcia Pereira, docente de reprodução de aves da
Universidade de São Paulo (USP) e consultor do projeto, explica que a
inseminação artificial é rara por causa dos efeitos da consanguinidade.
“Psitacídeos, como as araras, têm 300 milhões de espermatozoides por
mililitro. Na ararinha-azul encontramos apenas 3 milhões. É pouco e de
baixa qualidade.”
O projeto Ararinha na Natureza prevê que os
animais sejam reintroduzidos em Curaçá em 2021. Para isso, é preciso ter
20 aves com 1 ano, vindas de vários criadouros. Até a meta ser
atingida, será feito um trabalho de conscientização com a população de
Curaçá e criada uma Unidade de Conservação na região em que as ararinhas
serão soltas.
FORMAÇÕES ROCHOSAS DE VEREDA DA SERRA AFRÂNIO - PE
A AGENCIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE PETROLINA REPRESENTADA POR MIM E DIDI CAVALCANTI, ESTEVE VISITANDO AS FORMAÇÕES ROCHOSAS DA SERRA (VEREDA DA SERRA MUN. DE AFRÂNIO - PE), JUNTAMENTE COM OS MEMBROS DO INSTITUTO ARQUEOLÓGICO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE PERNAMBUCO E NÚCLEO DE PETROLINA, REPRESENTADO POR VITORIO RODRIGUES, O PADRE FRANCISCO E O PROFESSOR GENIVALDO, EM BUSCA DE ENCONTRAR ABERTURAS QUE POSSIVELMENTE SERIAM GRUTAS O QUE NÃO FOI CONFIRMADO POR CONTA DO DIFÍCIL ACESSO E A INCLINAÇÃO NO LOCAL QUE É MUITO ACENTUADA. DESSA FORMA, SÓ SERÁ POSSÍVEL COM A PRATICO DO RALE, QUE SERÁ EXECUTADA EM OUTRA OPORTUNIDADE POR PESSOAS ESPECIALIZADAS NESSE ESPORTE. MESMO ASSIM VALEU A PENA PELO BELEZA DE DAS FORMAÇÕES ROCHOSAS PRESENCIADAS PELO GRUPO. VEJA AS FOTOS....LINDAS.
04 DE OUTUBRO: UM GIGANTE BRASILEIRO AGONIZA NO LEITO DE MORTE
Ele
existe há pelo menos 65 milhões de anos, durante todo esse tempo proporcionou
vidas animal e vegetal em nosso país. Sendo ele o maior, mais importante e o
mais autêntico dos brasileiros e ao mesmo tempo o mais vulnerável, não resistiu
as agressões humanas aliadas as respostas da Natureza, está prestes a se tornar
um grande rio seco e cair da classificação de “rio perene” para “rio intermitente”,
ou seja, só ter água corrente durante apenas um período do ano.
A
história oficial do Brasil da conta de que o rio São Francisco foi descoberto
pelo homem branco no dia 04 de outubro de 1501, quando da exploração da costa
brasileira por André Gonçalves e Américo Vespúcio, data alusiva ao santo
peregrino italiano, São Francisco de Assis. Américo Vespúcio também era
italiano, mas navegava no oceano Atlântico a serviço de Portugal, quando ele
encontrou a foz do rio os nativos o chamavam de OPARÁ (rio - mar), depois foi
chamado também de “PARANAPETINGA” (Paraná=peixe miúdo usado como isca,
Petinga=braço de rio caudaloso separado por uma ilha)”. Como naquela época era
costume da Igreja Católica batizar pessoas observando o nome do santo do dia,
Américo Vespúcio seguiu o mesmo hábito batizando tudo que ia descobrindo com o
nome do santo do dia. Por isso, rebatizou o velho OPARÁ com o nome de Rio São
Francisco, pois, além da força do hábito o santo padroeiro da ecologia também
era seu conterrâneo. Os tempos passaram e o velho OPARÁ ou São Francisco, foi
ganhando outros nomes, por carinho dos seus ribeirinhos, pela sua importância
econômica e por sua beleza. Primeiro chamaram - no de “rio dos currais”, pelos
seus primeiros desbravadores portugueses, comandados por Garcia D’Ávila; depois
“Nilo brasileiro” por J.V.Couto; “Rio da Unidade Nacional”, por Capistrano de
Abreu; “Linha de Comunicação”, segundo Burton; “Grande Caminho da Civilização
Brasileira”, por João Ribeiro; “Rio da Redenção Econômica”, pelo ex-presidente
Emilio Garrastazu Médici, ou simplesmente “Chicão” como é chamado até hoje
carinhosamente pelos seus barranqueiros.(2) Todo o carinho que um ser humano
pode dispensar a alguém é pouco para retribuir o que o Velho Chico nos oferece.
Só que poucos lembram desse detalhe, principalmente aqueles que
mais precisam dele para tirar o seu sustento e o de sua família. A maioria só o
destrói impiedosamente. Lamentamos profundamente que tenham acumulado tantos
problemas que ofuscam a beleza e as potencialidades do rio São Francisco. Se
aparecer alguém disposto a lhe atribuir mais um nome, que seja hoje, “rio da
preocupação nacional”, para que no futuro não tenhamos que lhe atribuir outro
ainda mais doloroso: “rio da desintegração nacional”. O rio São Francisco tem sua
história bastante fragmentada. Muitos fatos importantes não foram sequer registrados
e muitos que o foram não existem nem em cartórios, pois foram extraviados pelas
traças e pelos homens.
Para mim, particularmente, que
acompanho a evolução dos problemas do rio São Francisco desde de 1969, quando
aqui cheguei, parece que o futuro que eu tanto temia já chegou. Jamais imaginei
que eu fosse viver o suficiente para testemunhar a morte do Velho Chico. Em
minhas palestras que venho proferindo há mais de 20 anos chamando a atenção
para um tratamento mais responsável com o rio São Francisco, sempre tive o
cuidado de dizer que o problema era sério, mas que rio não iria morrer tão
cedo, mas parece que eu me enganei. É claro que a situação ainda é contornável,
desde que ocorram fortes chuvas lá na Serra da Canastra o suficiente para a
elevação dos lençóis freáticos, ás aguas poderão voltar a aflorar na nascente
que secou recentemente. Mas no momento nosso rio é comparado a um boneco sem
cabeça, braços vivos e cabeça morta.
Mas esse não é o único problema, as
ações perversas daqueles que só enxergam o rio como meio de ganhar dinheiro
fazem com que toda a extensão de suas margens seja desmatada, daí vem as
erosões: fluviais, pluviais e eólica, deixando sua calha principal cada vez
mais larga e rasa.
As eleições estão ai..., ocorrerão
neste domingo (05/10), serão eleitos Presidente da República, governadores,
senadores e deputados estaduais e federais. Mesmo com tudo isso que está
acontecendo com o “velho francisco”, não se ouve ninguém falar de projetos
voltados para o salvamento desse rio. Só se ouve discursos em torno de mais
projetos para retirada de mais e mais água de um lugar aonde ela já está
ficando escassa para os próprios ribeirinhos. É o tipo de progresso que eu não
entendo, quando se busca o sucesso na produção agrícola, na indústria, na
mineração, no turismo e na pecuária, matando a fonte de sustentação. Agora
entenda o ser humano.
O prenuncio da morte para o Rio São Francisco
A nascente do rio São Francisco, que está localizada dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra, no sudoeste de Minas Gerais, está seca. Segundo o chefe do parque, diretor Luiz Arthur Castanheira, o evento é inédito e o motivo para isso foi a sucessão de secas que atingem a região há pelo menos três anos.
O parque tem 200 mil hectares de área e preserva, além das nascentes do São Francisco, outros monumentos naturais. Serve como divisor natural de águas das bacias dos rios São Francisco e Paraná.
“É um fenômeno natural que ocorre sempre, diminuindo a quantidade de água. Mas a seca está muito forte este ano. É a primeira vez que as nascentes altas do São Francisco estão secas. O pessoal do parque aqui disse que nunca viu nada igual a isso“, afirmou.
Castanheira afirmou que, apesar da nascente seca, o curso do rio –que se estende por 2.700 km, de Minas até o litoral de Alagoas– não está ameaçado, já que outros rios e riachos o alimentam.
“Aqui, na verdade, é o começo do rio, mas tem muito tributário mais para baixo. Essa nascente seca serve para mostrar como estamos com problemas com a pequena quantidade de água“, disse.
Segundo Castanheira, no parque, a nascente é alimentada por pequenos córregos, que vão formando a nascente do principal rio mais importante do semiárido brasileiro.
Segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, a bacia do rio corta seis Estados –Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Goiás– e uma pequena parte do Distrito Federal, chegando a 504 municípios. O rio é a única alternativa de água para milhares de pessoas que vivem no semiárido desses Estados.
O rio também é alvo da maior obra do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), com a transposição que constroi dois canais com um total de 477 km, que vão retirar água do rio e levar a 390 municípios do sertão de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Segundo o Ministério da Integração Nacional, as obras físicas do projeto estão 62,4% executadas, e a entrega dos canais deve ocorrer em 2015.
Incêndios
Além da seca, o parque da Serra da Canastra também está sofrendo com os incêndios. Desde o dia 20 agosto, o chefe do parque disse que já foram oito focos registrados. Por conta dos incêndios e de obras na estrada de acesso, o parque foi fechado desde a sexta-feira passada (19) e só deve ser reaberto no dia 6 de outubro. “Isso ocorre em situações em que precisamos preserva a segurança das pessoas que passam por aqui“, alertou. (Fonte: UOL/foto reprodução)
DIA DA ÁRVORE: 21 DE SETEMBRO OU ULTIMA SEMANA DE MARÇO?
DIA DA ARVORE: 21 DE SETMBRO OU ULTIMA SEMANA DE MARÇO?
Inicialmente o Brasil determinou que o dia 21 de setembro de cada ano fosse dedicado às árvores em razão da chegada da primavera. Em 1965 o então presidente da Republica Gal Humberto Castelo Branco, baixou o Decreto-Lei nº 55.795, DE 24 DE FEVEREIRO DE 1965. Cujos artigos 1º e 3º têm o seguinte teor:
"O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando das atribuições que lhe confere o Art. 87, item I da Constituição,
DECRETA:
Art 1º Fica instituída em todo o território nacional, a Festa Anual das Árvores, em substituição ao chamado "Dia da Árvore" atualmente comemorado no dia 21 de setembro.
Art 3º A Festa Anual das Árvores, em razão das diferentes características fisiográfico-climáticas do Brasil, será comemorada durante a última semana do mês de março nos Estados do Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia e Territórios Federais do Amapá, Roraima, Fernando de Noronha e Rondônia; e na semana com início no dia 21 de setembro, nos Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Guanabara; Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal".
Neste caso, precisamos rever essa comemoração, em nosso município, que além de está sendo ilegal, segundo o Decreto-Lei acima mencionado, essa data sempre passa despercebida por conta do movimento do aniversario de emancipação do município.
Com comemoração na ultima semana de março, será positivo, pois as comemorações podem ser realizadas com plantios de árvores em virtude do período chuvoso aqui na região.
Por favor dê sua opinião.
DIA DA ARVORE: 21 DE SETEMBRO OU 2ª SEMANA DE MARÇO?
Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos |
Institui em todo território nacional, a Festa Anual das Árvores. |
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando das atribuições que lhe confere o Art. 87, item I da Constituição,
DECRETA:
Art 1º Fica instituída em todo o território nacional, a Festa Anual das Árvores, em substituição ao chamado "Dia da Árvore" atualmente comemorado no dia 21 de setembro.
Art 2º A Festa Anual das Árvores tem por objetivo difundir ensinamentos sôbre a conservação das florestas e estimular a prática de tais ensinamentos, bem como divulgar a importância das árvores no progresso da Pátria e no bem-estar dos cidadãos.
Art 3º A Festa Anual das Árvores, em razão das diferentes características fisiográfico-climáticas do Brasil, será comemorada durante a última semana do mês de março nos Estados do Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia e Territórios Federais do Amapá, Roraima, Fernando de Noronha e Rondônia; e na semana com início no dia 21 de setembro, nos Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Guanabara; Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Art 4º As comemorações ficarão a cargo dos Ministérios da Agricultura e da Educação e Cultura.
Art 5º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Florestal Federal.
Art 6º Êste decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 24 de fevereiro de 1965; 144º da Independência e 77º da República.
H. CASTELO BRANCO
Hugo de Almeida Leme
Flávio Lacerda
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. 25.2.1965
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SITIO ARQUEOLÓGICO RAJADA I
O riacho Pontal que cruza o território do Município de Petrolina, Estado de Pernambuco Brasil, guarda em seu leito curiosidades em forma de gravuras rupestres e outras marcas deixadas pela Natureza pela ação erosiva no "bojo" do açude de Rajada, mas ainda não sabemos quando elas foram feitas. Mas segundo o arqueólogo da UNIVASF, Celito Kestering, podem datar entre 16.000 e 1.000 anos.
PARA ONDE ESTÃO INDO AS ABELHAS
Por Roseane Albuquerque
ASCOM/AMMA/Petrolina - PE
Você pode até achar que a afirmação é um exagero, mas especialistas em todo o mundo já começam a se preocupar. As abelhas funcionam como agentes polinizadores e, se elas se extinguem, toda a cadeia alimentar fica seriamente comprometida. Frutas que comemos no dia a dia, por exemplo, passariam a inexistir ou, teriam que ser polinizadas manualmente, o que encareceria o produto para o consumidor. Todo esse cenário, inclusive, já chegou a ser desenhado por um dos maiores físicos de todos os tempos: Albert Einstein. Ele chegou a dizer que, sem abelhas, a humanidade só viveria por quatro anos.
“É uma questão que precisa ser levada a sério por todos. Muitos sequer conseguem imaginar a importância que esses insetos têm dentro da cadeia alimentar. Até a carne que se come ficaria comprometida, porque os animais não teriam com que se alimentar. É algo complexo e, assim como outros bens naturais, a gente deve se preocupar enquanto ainda há tempo”, destaca o ambientalista e membro do setor de Educação Ambiental da AMMA, Vitório Rodrigues.
Vários são os fatores que contribuem para a extinção destes insetos: a quantidade de agrotóxicos nas plantas, queimadas (que acabam com o habitat natural das abelhas), extração inadequada do mel, dentre outros. “A extração de forma irracional do mel, onde não é deixada nada para que as abelhas possam se alimentar até conseguir produzir mais alimentos e, além disso, na maioria dos casos os agentes destruidores retiram todas as larvas (filhotes) e jogam para fora das colméias, matando-os impiedosamente.
O mundo precisa se orientar em relação a este assunto, pois é muito mais sério de que se pode imaginar. Não precisa nem ser técnico no assunto para saber que quase todas as vidas animal e vegetal do planeta Terra dependem dos insetos, em especial das abelhas que são espécies mais numerosas de todos eles. Em outras partes do mundo, como na America do Norte e Europa, os cientistas têm verificado que as abelhas vêm sofrendo ataques de bactérias, vírus e fungos, causando a morte de milhares de colméias por inteiro. Pensando globalmente precisa-se agir localmente, desenvolvendo ações que venham de forma eficaz proteger esses bichinhos tão importantes para a manutenção da vida na Terra.
Em Petrolina foi criado o Programa de Proteção da Caatinga e nele prevê a criação de abelhas nativas dentro das reservas com objetivo de oportunizar a geração de renda para seus proprietários, mas o beneficio não se resume a isso e neste caso precisamos pensar na necessidade de se proporcionar o repovoamento das abelhas no bioma caatinga, sejam elas com ou sem ferrão”, acrescenta Rodrigues.
“Como órgão ambiental também temos essa função: a de despertar o debate sobre questões que venham a interferir na preservação e conservação do Meio Ambiente. Trazer à tona assuntos que possam entrar na pauta de instituições públicas, privadas, organizações não governamentais, enfim, para a sociedade como um todo”, enfatiza o diretor presidente da AMMA, Gleidson Castro.
Criação de abelhas nas UCCA´s- Uma das atividades estimuladas nas Unidades de Conservação da Caatinga (UCCA´s), implantadas este ano em Petrolina, diz respeito a criação de abelhas sem ferrão. A meliponicultura pode ser um bom investimento para o produtor e, também, pelo manejo adequado dos insetos, uma oportunidade de preservação da espécie. As mais comuns para a Caatinga são mandaçaia, manduri, cupira e moça branca.
Criação de abelhas nas UCCA´s- Uma das atividades estimuladas nas Unidades de Conservação da Caatinga (UCCA´s), implantadas este ano em Petrolina, diz respeito a criação de abelhas sem ferrão. A meliponicultura pode ser um bom investimento para o produtor e, também, pelo manejo adequado dos insetos, uma oportunidade de preservação da espécie. As mais comuns para a Caatinga são mandaçaia, manduri, cupira e moça branca.
“Há que se destacar também que as abelhas têm um importante papel na polinização de espécies vegetais. A criação de abelhas sem ferrão tem um manejo mais simples e possibilita com que o produtor possa agregar produtos em termos de beneficiamento, melhorando assim sua renda. Pode ser trabalhada a produção de mel, polen e venda de enxames para a recria”, destaca o assessor técnico da AMMA, Clefson Sena.
Uma das características desse tipo de criação é que o produtor não precisa de equipamento de segurança para o manejo. O mel que se obtem também tem um valor agregado maior. “Financeiramente falando, o mel da abelha sem ferrão é hoje o mais caro do mercado nacional. Por se tratar de um mel mais difícil de ser encontrado e conter propriedades medicinais e terapêuticas a procura vem aumentando cada vez mais. Ou seja, para o produtor rural é proporcionado um retorno econômico muito melhor do que produzir mel de outras abelhas”,acrescenta Sena.
Nas áreas das UCCA`s, os interessados em aderirem a esse tipo de atividade devem comprar as colméias de produtores já licenciados ou adquirirem abelhas de locais de desmatamento legal, munidos de autorização dos órgãos competentes. “Além disso, terão que participar de mini cursos com aulas práticas e teóricas que serão ministradas em várias etapas durante todo o ano”, pontua o técnico.
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