Rio São Francisco, 508 anos de degradação

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A história oficial do Brasil da conta de que o rio São Francisco foi descoberto no dia 04 de outubro de 1501, quando da exploração da costa brasileira por André Gonçalves e Américo Vespúcio, data alusiva ao santo peregrino italiano, São Francisco de Assis. Américo Vespúcio também era italiano, mas navegava no oceano Atlântico a serviço de Portugal, quando ele encontrou a foz do rio os nativos o chamavam de OPARÁ (rio-mar), depois foi chamado também de “PARANAPETINGA” (Paraná=peixe miúdo usado como isca, Petinga=braço de rio caudaloso separado por uma ilha)”.

Como naquela época era costume da Igreja Católica batizar pessoas observando o nome do santo do dia, Américo Vespúcio seguiu o mesmo hábito batizando tudo que ia descobrindo com o nome do santo do dia. Por isso, rebatizou o velho OPARÁ com o nome de Rio São Francisco, pois, além da força do hábito o santo padroeiro da ecologia também era seu conterrâneo.

Os tempos passaram e o velho OPARÁ ou São Francisco, foi ganhando outros nomes, por carinho dos seus ribeirinhos, pela sua importância econômica e por sua beleza. Primeiro chamaram-no de “rio dos currais”, pelos seus primeiros desbravadores portugueses, comandados por Garcia D’Ávila; depois “Nilo brasileiro” por J.V.Couto; “Rio da Unidade Nacional”, por Capistrano de Abreu; “Linha de Comunicação”, segundo Burton; “Grande Caminho da Civilização Brasileira”, por João Ribeiro; “Rio da Redenção Econômica”, pelo ex-presidente Emilio Garrastazu Médici, ou simplesmente “Chicão” como é chamado até hoje carinhosamente pelos seus barranqueiros.

Todo o carinho que um ser humano pode dispensar a alguém é pouco para retribuir o que o Velho Chico nos oferece. Só que poucos lembram desse detalhe, principalmente aqueles que mais precisam dele para tirar o seu sustento e o de sua família. A maioria só o destrói impiedosamente. Lamentamos profundamente que tenham acumulado tantos problemas que ofuscam a beleza e as potencialidades do rio São Francisco. Se aparecer alguém disposto a lhe atribuir mais um nome, que seja hoje, “rio da preocupação nacional”, para que no futuro não tenhamos que lhe atribuir outro ainda mais doloroso: “rio da desintegração nacional”.

O rio São Francisco tem sua história bastante fragmentada. Muitos fatos importantes não foram sequer registrados e muitos que o foram não existem nem em cartórios, pois foram extraviados pelas traças e pelos homens.

Pobre São Francisco, 508 anos se passaram e nada a comemorar. Roubaram suas matas ciliares para transformá-las em lenha, madeira e carvão. Deixando suas margens descobertas vulneráveis a ação das chuvas, dos ventos e de suas próprias águas, que em virtude dessa vulnerabilidade vem às erosões de suas margens e conseqüentemente o carreamento dos sedimentos para sua calha provocando o assoreamento e o deixando cada vez mais largo e raso, reduzindo drasticamente sua capacidade de armazenamento. Segundo estudo realizado pelos cientistas do National Center for Atmospheric Rosearch (NCAR), publicado em julho deste ano, a redução do volume de suas águas nos últimos 50 anos foi de 35% (trinta e cinco por cento).

Cidades e mais cidades foram construídas e jogam diariamente dezenas de toneladas de lixo e esgotos sem tratamento em seu leito e de seus afluentes, contaminando suas águas de forma irracional e irresponsável.

Barragens que são construídas em nome do progresso, destroem flora, fauna e a identidade de seus ribeirinhos, deixando-os perdidos no mundo sem historia.

Projetos de irrigação com tecnologias arcaicas continuam funcionando em suas margens, usando água em excesso configurando, além do desperdício, a salinização dos solos e o comprometimento da qualidade de suas águas para o consumo humano em diversas áreas, pelo uso indiscriminado dos agroquímicos.

Como se não bastasse, a obra da transposição de suas águas para o Nordeste Setentrional segue a todo vapor. Um projeto anunciado como a salvação do Nordeste, poderá ser o golpe fatal do rio São Francisco. Não sou o dono da verdade, mas é Isto que eu penso, até que alguém me prove ao contrário. Por estas e outras razões, não vejo o que comemorar neste dia 04 de outubro de 2009 no aniversário de descobrimento do rio São Francisco.


Vitorio Rodrigues de Andrade
Ambientalista/Comunicador Social
Petrolina-PE

Prefeito Júlio Lóssio inaugura usina de projetos

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O prefeito Júlio Lóssio, inaugurou na tarde de ontem, uma nova ferramenta para integralizar e intersetorializa as politicas publicas de forma que as ações possam acontecer de maneira integrada e envolvendo o máximo de secretarias na execução dos projetos e programas. O setor está sendo chamado de USINA DE PROJETOS e contará com o envolvimento de profissionais das diversas áreas.

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A equipe será formada por 08 agentes de convênios, das áreas de Economia, Administração, contabilidade, Direito e Assistência Social. Contará também, com 04 arquitetos, 02 engenheiros, 01cadista (técnico em edificações), 02 topógrafos, 02 assistentes sociais e 01 psicóloga. O equipamento está instalado na Secretaria de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente.
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Petrolina, 114 anos de emancipação politica

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Até a quarta década de século XIX, no local onde hoje está situada a cidade de Petrolina não havia povoação, era apenas um ponto onde os viajantes nordestinos atravessavam o rio São Francisco para chegar à cidade de Juazeiro, na Bahia. Até que um dia do ano de 1854 o capuchinho Frei Henrique deu inicio à construção de uma igreja dedicada a Nossa Senhora Rainha dos Anjos. Em torno dela nasceu o povoado que deu origem a uma das cidades mais importantes do vale do São Francisco. A igreja em epígrafe é a Matriz de Nossa Senhora Rainha dos Anjos a padroeira da cidade.

Até 1840 o local chamava-se “Passagem do Juazeiro”, depois que o povoado cresceu foi constituído em freguesia e elevado à categoria de vila, através da Lei Nº 530 de 07 de junho de 1862, com isso o município de Boa Vista (Hoje Santa Maria da Boa Vista) transferiu-se para a Vila de Petrolina. Mas em 13 de maio de 1864 a vila foi legalmente extinta e só foi restaurada em 18 de maio de 1870 por força da Lei nº 921, a reinstalação ocorreu seis dias depois da assinatura da referida lei, em 24 de maio daquele ano.

O município de Petrolina tornou-se autônomo no dia 25 de abril de 1893, sua sede foi elevada à categoria de cidade em 03 de julho de 1895 e foi instalada dia 25 de setembro do mesmo ano. A designação do dia 21 de setembro como data de aniversário de Emancipação Política e Administrativa de Petrolina só veio em 1910, no dia 25 de novembro.

Contando com a atual gestão já passaram 41 prefeitos pela administração do Município de Petrolina com mandatos assim distribuídos:

NOMES

Manoel Francisco de Souza Júnior 1895 - 1895
Agostinho Albuquerque Cavalcante 1895 - 1898
Luciano Rodrigues Coelho 1898 - 1901
Ignácio Rodrigues Bonfim 1901 -
José Francisco de A. Cavalcanti 1904 - 1907
José Figueira Cavalcanti 1907 - 1910
Crispiniano Crispim Coelho Brandão 1910 - 1913
Coronel Otacílio Nunes de Souza 1913 - 1916
Dr. Pacífico Rodrigues da Luz. 1916 - 1919
Dr. Pacífico Rodrigues da Luz 1919 - 1922
Major Alcides Padilha 1922 - 1927
Dr. Possídio Nascimento Coelho 1927 - 1928
Honório Ferreira 1928 - 1928
João Francisco de Souza 1928 - 1929
Alberto Campos de Góes 1930 - 1930
Antonio Coelho 1930 - 1930
José Rubens de Macedo Filho 1930 - 1932
Dr. Pacifico Rodrigues da Luz 1933 - 1934
Dr. João Cardoso de Sá 1934 - 1937
Dr. Pacifico Rodrigues da Luz 1937 - 1945
Dr. Nestor Figueiredo Cavalcante 1945 - 1946
Darcy Almeida 1946 - 1947
Joaquim André Cavalcanti 1947 - 1947
Raimundo Santana 1947 - 1947
João Ferreira da Silva 1947 - 1951
Ulisses Lustosa de Carvalho Pires 1951 - 1952
José Almeida da Silva 1952 - 1955
José de Souza Coelho 1955 - 1959
Dr. Luiz Augusto Fernandes 1959 - 1963
José de Souza Coelho 1964 - 1969
Profº Simão Amorim Durando 1969 - 1973
Dr. Geraldo de Souza Coelho 1973 - 1977
Diniz de Sá Cavalcanti 1977 - 1982
Dr. Augusto de Souza Coelho 1982 - 1988
Guilherme Cruz de Souza Coelho 1989 - 1992
Fernando Bezerra Coelho 1993 - 1996
Guilherme Cruz de Souza Coelho 1997 - 2000
Fernando Bezerra Coelho 2001 - 2004
Fernando Bezerra Coelho 2004 - 2006
Odacy Amorim de Souza 2007 - 2008
Júlio Emilio Lóssio 2009 - (mandato em curso).

Nova barragen no rio São Francisco

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O rio São Francisco terá seu leito interrompido por mais uma hidrelétrica. Desta feita no povoado de Riacho Seco, zona rural de Curaçá.

A reunião para tratar das Licenças Ambientais acontecerá na próxima terça-feira (22), no auditório da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, no Recife, a partir das 9h.


MEU COMENTÁRIO


Nunca foi segredo e jamais será, quanto a minha posição em relação ao projeto de transposição das águas do rio São Francisco para o Nordeste Setemtrional, sem uma discussão mais aprofundada. E não será diferente em relação a construção dessa hidrelétrica de Riacho Seco, que por sinal, não é uma idéia nova da Chesf, isso já está rolando ha muitos anos. Não sou dono da verdade, mas também não sou ingênuo ao ponto de acreditar que essa obra não irá causar mais danos ao pobre CHICO, que já vive agonizando com as agressões continudas promovidas pela ganância humana em busca de mais riquezas as custas de sua morte. E o Comitê Gestor, o que tem a nos dizer? Com a palavra, nossos representantes na instituição.

Dia do Radialista

DIA DO RADIALISTA – 21 DE SETEMBRO OU 07 DE NOVEMBRO?

Desde os anos 80, quando ingressei na área de comunicação radiofônica, como locutor, animador, apresentador. Sempre fiz minhas homenagens aos radialistas, dia 21 de setembro. Tudo começou em 1943, no Governo Getúlio Vargas, quando o Presidente da República sancionou uma Lei fixando um piso salarial, ou remuneração mínima para os profissionais da categoria. Consta que numa reunião realizada na Rádio Nacional teria sido decidida a escolha da data do referido decreto Lei, 21 de setembro, como referência para se comemorar o "Dia do Radialista". De repente, descubro que o Dia do Radialista não é mais comemorado nessa data, desde 2006. E sim, no dia 07 de novembro, instituída pela Lei Federal nº. 11.327/06. Digo descubro, porque confesso que não sabia dessa mudança. Considerando que a lei em epigrafe, não revoga nenhuma outra lei anterior, qual é a verdadeira data a ser comemorada? 21 de setembro? Ou de novembro? Ou as duas?. Veja a lei a seguir.

LEI Nº 11.327, DE 24 DE JULHO DE 2006.

Institui o Dia do Radialista.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Fica instituído, no calendário das efemérides nacionais, o Dia do Radialista, a ser comemorado no dia 7 de novembro, data natalícia do compositor, músico e radialista Ary Barroso.
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 24 de julho de 2006; 185o da Independência e 118o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
João Luiz Silva Ferreira

Petrolina, 16 de setembro de 2009


Vitorio Rodrigues de Andrade
Especialista em Ensino de Comunicação Social
Radialista mat. DRT/MT 1540 - PE

Receita libera hoje, consulta do 4º lote de restituição

A Receita Federal libera nesta terça-feira (8), às 9h, a consulta ao quarto lote do Imposto de Renda Pessoa Física de 2009 (ano base 2008). Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone 146. Serão liberadas 376.500 restituições, no valor total de R$ 386,5 milhões, já acrescidos de juros de 4,01%. Desse total, 15.088 contribuintes foram priorizados de acordo com o Estatuto do Idoso.

Também foi liberado mais um lote da malha fina de 2008. Serão 5.391 contribuintes que declararam imposto a restituir, no valor de R$ 13,5 milhões, atualizados com juros de 16,08%. O valor das duas restituições estará disponível para saque na rede bancária a partir de 15 de setembro.


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A maior rapadura do mundo terá cinco mil quilos

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Modulando as rapaduras em formas

Fervendo a garapa
Canavial

Estive sábado (05), no engenho Buenos Aires em Santa Cruz da Baixa Verde - PE, aonde se produz rapadura para o mercado interno e externo. Lá também, eles participam do concurso da maior rapadura do mundo. Os donos do engenho garantem que este ano a vai ganhar a disputa, com uma rapadura que deverá pesar cinco mil quilos.